tag:blogger.com,1999:blog-168236932024-02-19T05:34:28.498+00:00ID x SuperegoMiscelâneas de uma batalha interminável à espera das estrelas cintilantes...Karinahttp://www.blogger.com/profile/00186178335838943670noreply@blogger.comBlogger5125tag:blogger.com,1999:blog-16823693.post-48146778590167959602008-05-25T01:02:00.006+00:002008-06-06T07:13:35.712+00:00.O Cheiro do Lixo.<span style="font-style: italic;">Eu não sei se deveria ter postado este texto. Às vezes eu penso que ele é daqueles tipos que devem ser lidos somente no escuro; noutras ele me parece absolutamente patético. Mas aqui ele está; foi finalmente uma batalha em que o ID venceu!...</span><br />..................................................................................................................<br /><br />Certa vez, a quem perguntasse "o que é filosofar?", ouvi responderem que filosofar é aprender a morrer. Eu já desconfiava de que há um morrer outro que apenas alguns conhecem...<br />Há um morrer outro que só conhecem aqueles que assumiram consigo o compromisso de conhecer.<br /><br />Em um primeiro momento, leva-se uma vida distraída, que é quase vida. Tudo é como se as coisas já tivessem o seu pulsar estabelecido, e a nós restasse apenas nos encaixar na melodia.<br />Mas, para buscar a verdade sobre tudo quanto nos for possível, é pré-requisito um desvincular-se do que é mundano, dessa quase-vida, em suma, é preciso morrer.<br />É somente morrendo pela primeira vez que somos capazes de despertar para a vida, de <span style="font-style: italic;">percebê-la</span> em nós.<br />A primeira morte é, em si mesma, a chegada ao conhecimento da noção de morte. Ela não é vivência vislumbrada, ela não é termo que se aprende teoricamente. Saber da morte é ter morrido.<br />Apenas quando se atinge a noção de morte, isto é, de "começo" e "fim", é que podemos buscar o sentido de todas as coisas.<br />No entanto, eis a traiçoeira desilusão: o conhecimento do fim torna os meios injustificáveis.<br />Ao perguntarmos sobre o sentido da vida, a descobrimos totalmente vazia de propósito.<br />Após a primeira morte, a vida, de cadência surda, passa a ser como que um ruído tosco. É um sopro falhado capaz apenas de produzir um pulsar meio caduco.<br />E ficamos como se sobre o tabuleiro de um jogo que acabou, brincando com as peças que sobraram. Já não há mais regras, já não há mais ordem, porque já não há mais jogo.<br />É um viver sem compromisso com a vida. Uma vida consciente e descompromissada, onde absolutamente tudo se torna descartável, especialmente a própria existência.<br />Mas continuamos então sendo guiados por um sem caminho, somente pelo torpor mesmo de uma existência desértica.<br />Até que, cansados do limbo, cansados do lixo, saimos à procura de qualquer pedaço de motivo...<br />A vida após a morte é toda ela uma tentativa, um frágil rastejar.<br />No entanto, de súbito - ainda que um súbito bem tardio! - nos vemos retomando a pergunta. Apenas quando se atinge a noção de morte é que, trazendo consigo na mente as duas pontas da existência, consegue-se buscar o sentido de todas as coisas.<br />O sentido de todas as coisas confunde-se com o <span style="font-style: italic;">valor</span> que elas têm e, principalmente, com o valor que elas <span style="font-style: italic;">podem</span> ter.<br />Saber sobre o "começo" e o "fim" nos dá a possibilidade de <span style="font-style: italic;">valorar </span>distintamente a realidade.<br />Ao questionarmos sobre o sentido da vida, esperávamos uma resposta dentre duas: ou ela não teria sentido algum, ou este nos seria revelado. Havia a esperança de completarmos a vida carregando conosco todo o seu esquema. Nós queríamos entender seu projeto construído, do qual participávamos "inercialmente" até então.<br />Mas e se a vida não tiver um sentido e sim qualquer sentido?<br />E se não tivermos nada para aprender a não ser a criar?<br />A primeira morte não nos tirou da inércia, como pensávamos...<br />Negar a vida é reprovar o valor que ela tem. Mas o valor que ela tem é aquele que lhe fora dado; é aquele, enfim, que o homem lhe dá.<br />O questionamento e a criação de valores são as ferramentas para a reconstrução de um mundo, isto é, são a chave para a recuperação do fôlego da existência.<br />Afinal, parece mesmo muita insanidade desistir de um jogo que não é seu!...<br />Deve-se continuar. Mas agora a cadência é criação nossa e seguiremos nada além do nosso próprio pulsar.<br />Arquitetar um mundo novo...<br />Isso é a descoberta mais interessante, indubitavelmente...<br />...<br />Mas é que nós, que resgatamos nossa vida do lixo, dificilmente conseguimos nos livrar do mau cheiro impregnado nela.Karinahttp://www.blogger.com/profile/00186178335838943670noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-16823693.post-26941944705072647862008-03-22T20:31:00.007+00:002008-03-31T01:35:35.829+00:00.Eles não sabem o que fazem.<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEib7A7Yq53goJ-4TuqsXk83t-8srlzA4XhtfTxtj2_o3geYB9pIEM1AUbdQWK8w8bNHUM8GrqcJxDMws6PW5X1cJcjAnXd5J_exil3mrLsB_u7P6NYuzdhdQ7QpqZVBw4rbWkqY/s1600-h/noire4c.jpg"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEib7A7Yq53goJ-4TuqsXk83t-8srlzA4XhtfTxtj2_o3geYB9pIEM1AUbdQWK8w8bNHUM8GrqcJxDMws6PW5X1cJcjAnXd5J_exil3mrLsB_u7P6NYuzdhdQ7QpqZVBw4rbWkqY/s400/noire4c.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5183712945564570242" border="0" /></a><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br />(...)<br />Minha família esfarelou-se.<br />E agora eu vou fingir que ela não é um pedaço muito quebrado de mim.Karinahttp://www.blogger.com/profile/00186178335838943670noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-16823693.post-27418294772978564532008-03-22T20:12:00.006+00:002008-03-22T23:05:03.926+00:00.Eu também quero ver.<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEieVebQcSQLWY99ZDDMOyb_w5BWW71vNIkOOc2qH2CxdFdK_kVwZQTanC2zhjokWXir2Tv-vUHfbGHWLDaGG8B6_vEPLQJHrVXqUsfSuVgJ82XPsLJz1W2VmBF0my0xaZqcGajW/s1600-h/words.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEieVebQcSQLWY99ZDDMOyb_w5BWW71vNIkOOc2qH2CxdFdK_kVwZQTanC2zhjokWXir2Tv-vUHfbGHWLDaGG8B6_vEPLQJHrVXqUsfSuVgJ82XPsLJz1W2VmBF0my0xaZqcGajW/s320/words.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5180704527132152418" border="0" /></a><br />Vou me fazer postar aqui a cada quinze dias, no máximo. Que é uma forma de incentivo e de alívio. (Coisa mais paradoxal...). Começo por dar a lume aquelas frases, idéias e quase-textos já escritos. Daí uma possível desconexão. Mas ainda assim é um post, certo? Ainda assim é verdade ou foi.Karinahttp://www.blogger.com/profile/00186178335838943670noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-16823693.post-33296478847808228212007-11-14T17:43:00.000+00:002007-11-18T18:29:29.916+00:00.Dos Filósofos da Rua."No Brasil, Deus é uma nota de 100 reais."<br /><span style="font-style: italic;font-size:85%;" >num muro de São Paulo</span><br /><span style="font-style: italic;"><br /></span>"Cremos, pois, com firmeza, que Deus é aquilo do qual não se pode pensar nada maior."<br /><span style="font-style: italic;font-size:85%;" >Santo Anselmo de Cantuária, Proslógio</span>Karinahttp://www.blogger.com/profile/00186178335838943670noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-16823693.post-63207207594176345282007-09-26T14:19:00.001+00:002008-02-28T21:45:32.393+00:00."Ad Infinitum Circular".<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgTDzFK3xjsZYmoVbVMInL_HMmMvS17f14Le6emFT3sRJUFz0tnzxsLVDsjPaYhrMbQhxVN4X6yQBrtRFYVXFRhd9N8wwEaA8TY2VxE92NmgEKA9UX3ma1t8rsvBPg7xRcJMshyphenhyphen/s1600-h/Simen+Johan2.jpg"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgTDzFK3xjsZYmoVbVMInL_HMmMvS17f14Le6emFT3sRJUFz0tnzxsLVDsjPaYhrMbQhxVN4X6yQBrtRFYVXFRhd9N8wwEaA8TY2VxE92NmgEKA9UX3ma1t8rsvBPg7xRcJMshyphenhyphen/s320/Simen+Johan2.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5115396016395001426" border="0" /></a><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br />Vida de árvore tonta.<br />Que se floresce e dá frutos em vão,<br />Para ninguém, para a terra, para ninguém.<br />Frutos cansados de esperar, de perdurar, de pendurar-se.<br />De equilibrar-se no seu fino cordão umbilical.<br />E caem por fim,<br />Abortam-se.<br />Apodrecem de cansados, de inúteis, de em vão.<br />Vida de árvore tonta.Karinahttp://www.blogger.com/profile/00186178335838943670noreply@blogger.com3